A despeito da ignorância desse dia pelas massas, hoje é um dia marcado pelo futuro. Foi no dia 10 de dezembro de 1948 que foi promulgada pela UNESCO, órgão da ONU, a Declaração Universal dos Direitos dos Homens, e em pé de importância, é comemorada também a Declaração Universal dos Direitos dos Animais proposta pelo Dr. Geroges Heusse em 15 de outubro de 1975 à UNESCO.
Hoje, no passado, foi oficialmente aceito como norma no mundo o tratamento digno dos seres humanos e a igual consideração de interesses de todos os membros da espécie, sejam eles de que etnia e religião forem. Muito disso só ficou no papel, contudo, não impede que vejamos como uma conquista que o racismo e sexismo sejam reprendidos internacionalmente.
Talvez esta tenha sido a maior conquista formal do século passado. Vencemos o desafio de nos enxergarmos indistintamente com igualdade e autonomia, contudo, o século XXI exige uma outra conquista que já foi proposta, e aos poucos tem virado realidade em países como Espanha e Reino Unido.
Em Madri, todo dia 10 de dezembro manifestantes se reúnem em passeatas em favor do direito dos animais num gigantesco processo de recrutamento e apelo a consciência das pessoas de bem. No Reino Unido, a organização Uncaged foi a pioneira na comemoração deste dia tão importante para nós, os defensores dos animais. E no Brasil?
A despeito das passeatas em São Paulo e no Rio de Janeiro, puco se tem feito para comemorar e divulgar o dia 10 de dezembro. Este ano não será diferente, com uma exceção: NÓS ESTAMOS AQUI!
A E.C.E vai saiu hoje as ruas numa maciça divulgação de cartazes da campanha de natal, e preparou este artigo falando tudo o que você precisa saber sobre o dia de hoje!
A intenção de uma declaração deste porte é simples de ser compreendida: da mesma forma que hoje não toleramos que uma mulher seja apedrejada na rua pois isso fere os “direitos humanos”, nem toleramos que um estudante seja espancado por policiais, ou que um preso seja torturado pois fere os “direitos humanos”; o mesmo intento tem esta declaração dos “direitos dos animais”. Isto é, não tolerarmos o churrasco porque fere os “direitos animais”, não tolerarmos o rodeio porque vai contra os “direitos animais”, e assim por diante.
É notável que é um objetivo distante esse de causar repúdio a tortura animal nas pessoas, mas quantos anos também não levaram para a raça humana criar repúdio pela auto-tortura? Por quantos séculos a escravidão, desde os extintos povos antigos até nossos antepassados próximos foi visto como “normal”? O primeiro passo para combater o “comum” é desvinculá-lo do “normal”. Por isso a declaração dos animais é tão emblemática: pode ser comum ir a um churrasco, mas não é “normal”. “Normal” vem de “norma”, ou seja, para que algo seja normal não basta que seja um “costume”, tem que ser algo “contratualizado”, algo consentido por todos, coisa que a tortura animal não é. Nós, os vegetarianos não endossamos, não “assinamos” o contrato que “normaliza” a tortura e a escravidão animal. Se existe um de nós, e existimos aos milhares, um churrasco, uma tourada, uma vaquejada, por mais comum jamais será normal.
O que a declaração faz é instituir um novo contrato, que de fato existe em moldes materiais, pode ser lido e assinado, que propõe uma norma aos comuns, para substituir o costume burro.
O costume sem a norma é hábito nocivo, planta daninha que se alastra indiscriminadamente pela sociedade, como uma cidade que cresce desordenadamente. A norma sem virar costume é letra morta. Agora, quando a norma penetra na sociedade e se configura como um costume consciente, ela cresce como uma bela árvore e lega ao futuro próximo e longínquo preciosos frutos.
É por este motivo que esta declaração, para despeito dos pessimistas, não é só um monte de letras em um papel oficial de uma organização do porte da UNESCO trancado em alguma gaveta de algum depósito. Esta declaração é letra viva, é uma planta que se alimenta de cada ato nosso que a divulga e que a pratica. A função de uma declaração é declarar, nós, seus signatários, somos declaradores, declarantes de uma nova forma de viver e respeitar os outros.
Olá, pessoal do E.C.E.
ResponderExcluirMeu nome é Sandra eu sou advogada e gostaria de pedir a permissão de vcs para usar partes deste texto afim de redigir um abaixo-assinado que eu, amigos da proteção animal, junto com biólogos, veterinários e outros profissionais engajados na proteção animal, possamos propor saídas e pedir o fim da vivissecção acadêmica e científica e experiências em animais no Brasil, para o atual Ministro da Ciência e Tecnologia.
Grata desde já e disponível para dirimir dúvidas, Sandra Rodrigues.
e-mail: lady_luna13@hotmail.com
só tem um probleminha nesse texto,a UNESCO não proclamou nenhuma declaração dos direitos animais,se você for no site da UNESCO,você não vai encontrar nenhuma declaração dos direitos animais
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